É fácil ser cristão dentro da igreja, no meio de irmãos que compartilham da mesma fé e amor. Difícil é permanecer cristão fora da igreja, entre gente odiosa, má e mal educada.
Confesso que na absoluta maioria das vezes perco para as provocações. E se assim como o apóstolo Paulo, todos temos e lutamos contra um espinho na nossa carne para evitar que sejamos tomados pelo orgulho e arrogância, o meu pode bem ser este, perder o controle quando provocado pela ruindade dos outros.
Não que eu não tenha motivação em Deus ou não tente seguir o exemplo de Jesus Cristo. Mas, é que a prática nem sempre é tão simples quanto parece na teoria, nos discursos e nas pregações, estamos em um processo continuo em que somos desafiados todos os dias, às vezes vencemos, outras vezes perdemos e aprendemos alguma lição, mas não crescemos nem amadurecemos de uma hora pra outra, leva tempo.
Ainda assim, somos humanos e por mais que nos esforcemos, o máximo que conseguimos é imitar a Cristo, ou como disse C.S. Lewis, apenas fingimos ser Ele já que jamais poderemos nos tornar em Cristo, já que Ele é o Filho de Deus, o Criador, e nós somos meras criaturas. Não somos Deus, somos seres separados de Deus pelo Pecado e pela nossa natureza, em constante conflito com a nossa carne.
Quando leio o apóstolo Paulo confessando aos cristãos em Roma sua própria luta entre a carne e o espírito, sobre o querer o bem, mas fazer o mal, ou ainda quando leio o mesmo apóstolo contando aos cristãos em Corinto sobre um “espinho” posto em sua carne para não ser tomado pelo orgulho, entendo o alerta de John Blanchard de que se nosso cristianismo é confortável, está comprometido.
Somos simples vasos de barro [2 Coríntios 4:7] de todos os lados pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos [2 Coríntios 4:8-9], absolutamente nada pode nos separar do amor de Deus, seja tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada [Romanos 8:35], e todas estas coisa são dom de Deus [Efésios 2:8] e não possuímos nenhum mérito nisto, seja por fazer ou deixar de fazer qualquer coisa [Efésios 2:9].
Neste mundo temos aflições e Jesus nos avisou que deveríamos ter bom ânimo [João 16:33], com isto temos certeza de que desistir não faz parte do plano de Deus para a nossas vidas, podemos falhar, mas o poder de Deus se aperfeiçoa nas nossas fraquezas [2 Coríntios 12:9].
Assumo minhas fraquezas porque não tenho interesse em parecer um “super cristão” por que este tem seu prêmio nesta vida, mas também não me orgulho dos meus erros, pois não quero ser um “falso cristão” que não tem prêmio algum, nem na vida além, me esforço para deixar para trás certas coisas e prosseguir a carreira, mesmo assim continuo sendo humano e falho, mas um humano muito grato a Deus pela sua maravilhosa e irresistível Graça, a Graça que nos basta.
Fonte: www.fesimples.com.br/
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