Fim do Mundo ou Baboseira?

E se o mundo realmente acabasse esta semana, se fosse verdade que estes são nossos últimos dias, tudo bem? Podemos simplesmente apagar as luzes e descansar?

Depois de tantos filmes, documentários, livros, e estudos sobre o fim do mundo fica uma impressão de que muita gente não só espera, como deseja ansiosamente que o mundo acabe. E tanto faz se tudo acabará como consequência de um desastre natural (um castigo divino?), um acidente nuclear (consciência de autodestruição?), ou mesmo uma invasão alienígena (o fantástico desconhecido, um coringa?), não importam as profecias Maias, as de Nostradamus, ou o Apocalipse, a humanidade pede por um “tiro de misericórdia”, algo que desligue o mundo de uma vez, ou que pelo menos o reinicie. Parecem desejar que ao acabar o mundo todo o vazio que faz cada ser humano sentir-se incompleto seja preenchido e que todas as respostas não encontradas sobre a vida, o universo e tudo o mais sejam enfim totalmente desnecessárias. Talvez acreditem que o fim do mundo seja a única solução para todas as crises existenciais, o fim de todas as frustrações; a punição merecida dos injustos e o descanso merecido dos injustiçados. E na verdade a solução para a maioria – senão todas – as angústias humanas está mesmo no fim. Mas, não o fim catastrófico de tudo o que Deus criou, mas o fim de tudo o que nós criamos com nosso orgulho.

Nossa existência é marcada por uma ausência, um espaço que não pode ser preenchido por nada que não seja o próprio Deus na pessoa de Jesus Cristo, por meio do Espírito Santo. Este vazio é o responsável pelo sentimento de que no fim da história estaremos completos, porque é no fim que todos encontraremos com Deus [Eclesiastes 12:7], quando nosso espírito voltar para Ele. Nossa alma sabe disso e, no fundo, não deseja o fim, mas sofre por saudade de Deus.

Um dia chegará o fim do mundo, mesmo que não seja na próxima quinta-feira, 21 de dezembro de 2012, como os estudiosos das profecias Maias defenderam e já desistiram, mesmo que não seja para toda a humanidade, o fim do mundo de cada um de nós chegará.

De uma forma ou de outra, todos nós um dia enfrentaremos o fim. E as grandes questões não deveriam ser sobre como ou quando o fim virá, mas, sobre quem seremos e com quem estaremos no dia do nosso fim.

Desde o início das eras, por causa do Pecado, nos desligamos de algo importante para a nossa existência, e é nisso que nós cristãos, nos empenhamos: voltarmos para Deus sendo um com o Filho assim como Ele é com o Pai [João 17:21], unidos em um só Espírito [Efésios 2:18], para que no dia do nosso fim sejamos reconhecidos como benditos do Pai e possamos desfrutar de tudo o que nos foi preparado desde a criação do mundo [Mateus 25:34]. E não é só isto, o plano de Deus não é sobre desistirmos desta vida por causa da vida futura [1 Tessalonicenses 4:11-12], nem que esperemos por ser completos apenas no fim a que todos estamos destinados. Não só para isto que Cristo se fez humano e veio ao mundo. Antes, o desejo divino é que todos possamos experimentar – ainda em vida – o fim do nosso próprio mundo, deixando de viver de acordo com nossa natureza [Gálatas 2:20] e passando a viver como uma nova criatura [2 Coríntios 5:17]! Assim, poderemos experimentar e comprovar aqui e agora, nesta vida, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

 

Fonte: www.fesimples.com.br